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Engenheira cria app que protege mulheres vítimas de violência

NOVIDADES TÉCNICAS

A Engenheira de Produção Caroline Silva é a idealizadora do aplicativo Women Angels, que objetiva ajudar a proteger mulheres em situação de violência. Pelo app, as vítimas podem acionar duas mulheres de confiança no momento em que se sentirem ameaçadas. Junto ao pedido de ajuda, também é enviada sua localização em tempo real. O app é gratuito e não precisa de internet ou créditos para funcionar.

Reportagem sobre app Women Angels


O aplicativo Women Angels, em português, “Anjos Mulheres”, é um anjo da guarda virtual para todas as mulheres, segundo Caroline. Depois de baixar pela loja virtual Google Play ou Apple Store, a usuária faz o cadastro de duas mulheres de confiança na plataforma. Elas receberão um aviso, caso a usuária esteja passando por uma situação de violência. “O app, em sua tela inicial, tem um botão do pânico que pode ser acionado para avisar sobre uma situação de desconforto ou vulnerabilidade. Então, de forma discreta e rápida, você aciona esse botão por três segundos e ele manda um SMS junto com a localização em tempo real”, explica.


Desde que concluiu o curso de Engenharia de Produção, Caroline almejava desenvolver um projeto que ajudasse na pauta de proteção à violência contra a mulher. Esse desejo vem do seu envolvimento com pautas sociais, desde a faculdade, e sua experiência prévia em tecnologia, por já ter trabalhado na área. “Eu aliei muito estes dois aspectos da minha jornada, que era ter este amor pela causa social e o know-how na tecnologia. Aí surge a Women Angels, que tem impacto social, mas utilizando a tecnologia para que isso seja escalável, e possa chegar a um número maior de pessoas”, conta.

Página inicial do app e tela de cadastramento

O projeto foi colocado em prática quando Caroline venceu um edital do projeto Startup Rio 2019, do Estado do Rio de Janeiro em parceria com a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do RJ (FAPERJ). Atualmente, ela é CEO do startup Women Angels que, além de ter desenvolvido o app, ajuda a capacitar mulheres com histórico em algum ciclo de violência, através do programa Angels Capacita, formado por mulheres voluntárias. “A nossa missão é aliar tecnologia para formar uma cadeia de empatia que seja capaz de proteger a nós mesmas e também de combater a violência contra a mulher e outros tipos de desigualdade do gênero feminino”, diz.


Caroline Silva considera que, assim como qualquer outra profissão, a engenharia só faz sentido quando ajuda a transformar para melhor a vida das pessoas. Por isso, encontrou no combate à violência contra a mulher, uma forma de fazer isso. “É algo muito grave, que acontece o tempo todo e que não é levado tão a sério pelas autoridades como deveria ser. Eu sempre acreditei que a gente, como qualquer outro profissional de todas as áreas, tem que desenvolver nosso papel como cidadão e usar o conhecimento para transformar o nosso mundo, bairro e comunidade, em um lugar melhor para se viver”.


Programa Angels Capacita

Além disso, Caroline destaca que, por vezes, a formação de Engenharia passa para a sociedade uma ideia de ser muito técnica, ligada somente a processos exatos, o que não é verdade. “Eu acredito que é preciso trazer mais às pessoas o olhar de que todo esse conhecimento técnico e raciocínio em desenvolver processos, no meu caso produtos, tem que ser colocado na sociedade como expertise para transformá-la. O Brasil é um País que passa por diversos problemas em relação à saúde, educação, mobilidade e diversidade. Temos o importante papel de colaborar com um olhar mais técnico, não para o problema, mas sim focado em trazer soluções para sociedade”, conclui.

Caroline Silva, engenheira de produção idealizadora do projeto e CEO da Women Angels

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