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Sabrina Marques Wolf  

As Associações Representativas dos Engenheiros Florestais do Rio Grande do Sul - Agef 

As entidades de classe são organizações profissionais que desempenham papel importante de representatividade jurídica, administrativa e política em favor dos associados junto à sociedade e dentro do Sistema Confea/Crea e Mútua. Esses órgãos atuam na defesa dos direitos e no debate público em torno dos interesses da categoria. No Rio Grande do Sul, das 61 entidades registradas no Conselho, três representam os Engenheiros Florestais: a Associação Gaúcha de Engenheiros Florestais (Agef), a Sociedade dos Engenheiros Florestais Autônomos do Rio Grande do Sul (Sefargs) e a Sociedade Santamariense dos Engenheiros Florestais (Sosef).  

A Agef foi fundada 16 de agosto de 1975 pelos primeiros profissionais formados no curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), campus Santa Maria, e por Engenheiros Florestais que atuavam na Indústria Celulose Borregaard, atual CMPC Celulose Riograndense. O primeiro presidente da entidade foi o Engenheiro Florestal Manoel Francisco Moreira, formado pela Universidade Federal do Paraná (1970) e, na época de criação da Agef, era chefe de Departamento de Silvicultura da Indústria Celulose Borregaard.   

“Corria o ano de 1974. Nossa profissão ainda era desconhecida para a maioria da sociedade e, principalmente, pelo poder público, notadamente do Rio Grande do Sul. Em Santa Maria, berço da Engenharia Florestal no Estado, alguns abnegados colegas e professores sonharam constituir uma associação que representasse a classe e pudesse ter atuação, inclusive no poder público, mormente o Estadual, eis que nos concursos públicos apenas os Engenheiros Agrônomos eram contemplados. Lembro de alguns nomes desse grupo: Doadi Antônio Brena, Italino Borsatto, “Caminhão” e o Professor Rochinha, diretor do curso de Engenharia Florestal.  

A então indústria de celulose Borregaard, hoje CMPC Celulose Riograndense, abrigava o maior número de florestais numa só empresa, razão pela qual fomos convidados a participar das discussões sobre a fundação da associação. Lembro dos colegas Italino Borsatto, José Alipio Cordeiro, Rafael Ferreira e mais dois colegas. A eleição ocorreu em Santa Maria, onde saí vencedor, derrotando o Engenheiro Florestal José Sales Mariano da Rocha, conhecido como Professor Rochinha. O vice-presidente foi o Doadi Antônio Brena.  

Nossa primeira missão foi conseguir que o Estado incluísse a profissão de Engenharia Florestal nos concursos públicos, o que aconteceu no ano seguinte, e participamos da comissão de elaboração e correção das provas para Engenheiro Florestal no RS. Fui o presidente da comissão e lembro de ter convidado o Engenheiro Florestal Antônio Granja para ajudar na elaboração das questões, além do professor da disciplina de Inventário Florestal da UFSM, Doadi Antônio Brena. A associação tornou-se conhecida na esfera governamental estadual, atingindo o objetivo a que se propôs em sua fundação. 

Após 48 anos da criação, nossa associação continua trabalhando para a valorização e defesa da profissão. A atuação junto às prefeituras e outras entidades públicas é contínua. Quando ocorrem invasões nas atribuições dos Engenheiros Florestais, a Agef recebe as denúncias e atua junto ao CREA-RS, solicitando a correção dos editais. Em algumas situações, encaminha-se à via judicial, como a Decisão Final n° 5051005-13.2013.4.04.7100 favorável à Engenharia Florestal na responsabilidade técnica sobre exploração florestal e a industrialização de madeira, obtida em 2021, junto ao Supremo Tribunal Federal. Mais do que defender os interesses dos nossos associados, coibir o exercício ilegal da profissão é garantir a proteção da sociedade civil e do meio ambiente, uma vez que o Engenheiro Florestal possui formação ímpar na gestão dos recursos florestais e ambientais.  

Com o objetivo de divulgar a profissão, em 2022, lançamos um Guia Profissional (que pode ser baixado aqui: https://agef-rs.com.br/guia-profissional/) contendo dados técnicos e listagens de profissionais atuantes no Estado. Trata-se de uma verdadeira vitrine para os Engenheiros Florestais. Esse guia possui formato de livreto e está sendo distribuído em sindicatos rurais, órgãos públicos das esferas municipal, estadual e federal, madeireiras e serrarias, agropecuárias, empresas de celulose e papel, feiras agrícolas, inspetorias do CREA-RS, entre outros.   

Pensando no aperfeiçoamento da Ciência Florestal e no equacionamento dos problemas florestais, no ano de 2023, a Agef realizou três eventos de grande relevância, como o 1° Fórum de Desenvolvimento Florestal do RS: aspectos técnicos e legais, que visou esclarecer sobre a atualização do zoneamento para a atividade de silvicultura no Estado (ZAS), além de abordar outros assuntos relevantes do setor, o 1° Workshop da Agef: Licenciamento Florestal na prática – edição UFSM/SM e o 1° Workshop da Agef: Licenciamento Florestal na prática – edição UFSM/FW, ambos visando aprimorar e auxiliar os profissionais da área nesse tema que é tão relevante. Além disso, a associação participou, com estande patrocinado pelo Confea, do Seminário Sul Brasileiro de Silvicultura, na cidade de Canela (RS).  

A Agef representa os Engenheiros Florestais em comitês de bacias hidrográficas e conselhos municipais de meio ambiente. Também representa dentro do Sistema Confea/Crea e Mútua, através da participação em eventos, comissões de inspetorias, comitês internos, câmaras especializadas e reuniões plenárias.  

A nossa associação tem, em sua essência, a missão de fortalecer a profissão, levar conhecimento e ser um centro de apoio aos colegas. Para que façamos uma Engenharia Florestal forte e unida precisamos do apoio dos profissionais. Maiores informações sobre as atividades da Agef estão disponíveis no site (www.agef.com.br) e nas redes sociais agefgaucha (Facebook) e agef_gaucha (Instagram). Venha fazer parte da Agef!  

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