
NOVA PATENTE DESENVOLVIDA POR PROFESSOR E ESTUDANTES DA USP

O eletrolisador é um equipamento fundamental que decompõe a molécula de água (H2O) em hidrogênio e oxigênio através do uso intensivo de energia elétrica, gerando gases que são conduzidos para fora do dispositivo. Este processo leva à produção do chamado “hidrogênio verde”, um hidrogênio produzido de forma sustentável, sem emissão de poluentes, e altamente valorizado no setor energético devido à sua relevância para a sustentabilidade futura.
Os pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP, Engenheiro Químico Rodrigo de Lima Amaral, Engenheiro Mecânico Bernardo Lemos e Engenheiro Mecânico Vitor Bertolin foram os responsáveis, em parceria com a Agência USP de Inovação (Auspin), pela criação do método de monitoramento de escoamento de bolhas em um eletrolisador, a partir da visualização de imagens de sombras relacionadas no tempo e segmentação de intensidade.
Rodrigo destaca a importância da continuidade da pesquisa, pois para alcançar o novo resultado foi preciso avançar nos estudos da patente o que proporcionou avanço de uso dos métodos já existentes. Ou seja, as patentes se complementam. Isso comprova o quanto o incentivo a pesquisa é fundamental para o crescimento do País.
“São duas patentes para resolver o mesmo problema. Primeiramente, falamos sobre o nosso método de monitoramento baseado em optical flow e apresentamos várias limitações desse método. Nossa segunda patente, que é baseada no OTSO, resolve essas limitações. Especificamente, ela aborda as questões do custo computacional e do armazenamento. Com o monitoramento baseado na distribuição de intensidade e na segmentação de intensidade, conseguimos melhorar o armazenamento e processamento, tornando a tecnologia mais leve e robusta. No entanto, essa tecnologia não é preditiva; em vez disso, fornece uma resposta mais rápida em tempo real, com precisão em milissegundos. ”
O apoio da Universidade e de empresas privadas, como a Shell, é essencial para a ampliação da pesquisa brasileira. A produção cientifica no país tem decaído ao longo dos anos, por isso o investimento da maior Universidade do Brasil, USP, em projetos que incentivem alunos e professores a produzirem ciência, são fundamentais.
Somente em 2023 houve uma queda de 7% se comparada ao ano anterior, segundo relatório da editoria Elsevier e da agência de notícias Bori. Mesmo com todas essas dificuldades Victor salienta que a ciência brasileira tem resistido no Brasil e exalta o fato de termos profissionais competentes para realizar as pesquisas. “Podemos ter recurso escasso para pesquisa, mas se forem profissionais capacitados e interessados, muito se consegue fazer com o pouco.”
Bernardo acrescenta que o interesse em fazer pesquisa enfrentando problemas, é fundamental para continuar fazendo ciência no Brasil. "Embora existam diversas oportunidades de carreira no mercado e fora do Brasil, a paixão pela pesquisa científica nos motiva a permanecer na universidade brasileira. Apesar dos desafios e limitações infraestruturais, encontramos grande satisfação em contribuir para o avanço do conhecimento em nosso País. Acreditamos que, mesmo com recursos mais limitados, é possível realizar pesquisas de qualidade e gerar resultados relevantes.”
A maior motivação dos três pesquisadores para desenvolver a tecnologia partiu do crescimento do mercado de produção de hidrogênio verde. Considerado por muitos como “combustível do futuro”, o hidrogênio verde é a uma das principais alternativas para que possamos reduzir as emissões de carbono. “Eu diria que a motivação é buscar melhorias sempre. Não só um futuro melhor, mas também melhorias na própria Engenharia, na produção das coisas, no hidrogênio verde. A gente sabe que hoje a pesquisa é forte e as pessoas conseguem melhor resultados na eletrólise da água usando energia renovável, mas nem sempre a qualidade dos gases é boa. Na menção de Rodrigo, tem mistura de hidrogênio com oxigênio. Então, a gente pensa em como melhorar mais? Será que eu consigo desenvolver um método, desenvolver algo que possa ajudar essa indústria ou ajudar os outros pesquisadores a utilizar a nossa ferramenta para aprimorar mais o que a gente tem disponível”, afirma Bernardo.
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