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25 ANOS DA CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA QUÍMICA 

“Eu tenho uma lembrança de 1978, quando cursava Engenharia Química na PUCRS, e um dos meus professores o Engenheiro Químico César Wagner de Almeida Thober, entrou na sala de aula falando da importância de ter a Câmara Especializada de Engenharia Química no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul. ” 

Essa foi a primeira lembrança que o Engenheiro Químico Marino Greco, que também é diretor administrativo do CREA-RS, compartilhou no início do nosso bate-papo. Para ele, a história da Câmara está ligada à sua própria. Desde o início de sua trajetória na profissão, sempre foi mencionado que a criação de uma Câmara Especializada era fundamental para fortalecer a classe. 

A criação da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Química (CCEEQ) ocorreu no dia 6 de novembro de 1998. Os principais interessados foram a Associação Profissional dos Engenheiros Químicos do Estado do Rio Grande do Sul (Apeq/RS) e os conselheiros Engenheiros Químicos do CREA-RS que até então faziam parte da Câmara Industrial. A união deles em prol da criação começou a ser discutida após o posicionamento favorável do Departamento Jurídico, expresso no Parecer nº 337/98, de 4 de agosto de 1998. Naquela época, o presidente do CREA-RS era o Arquiteto e Urbanista e Engenheiro de Segurança do Trabalho Osni Schroeder, falecido aos 69 anos, em 2020.  

“Passaram-se muitos anos e ainda enfrentamos dificuldades. É importante destacar que já tivemos conselheiros federais Engenheiros Químicos do Estado, como o Engenheiro Thober, que era a nossa voz no Confea, e o Engenheiro Frederico Roberto de Carvalho Mottola, que foi o primeiro coordenador da Câmara de Engenharia Química do CREA-RS. Esse é um dado importante. Digo que estou envolvido desde sempre porque, para que fosse criada a Câmara de Engenharia Química, houve toda uma movimentação de Engenheiros Químicos dentro da Câmara Industrial, de professores e da Associação Profissional de Engenheiros Químicos do Rio Grande do Sul (Apeq), que é a única entidade de Engenheiros Químicos no Estado e que este ano completa 50 anos de atividade.” 

 

O Engenheiro Marino lembra com orgulho a luta dos Engenheiros Químicos há 25 anos para que a Câmara Especializada existisse. Era necessário na época pelo menos três representantes para que fosse criada e foram eles: Frederico Roberto Carvalho Mottola, representante da Apeq/RS, falecido em 2001; Marcos Antonio Onzi, da Universidade Caxias do Sul (UCS), e Nelmar Mazzochi, representante da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Hoje ele comemora o aumento do número de conselheiros. “Duplicou, o que demonstra o crescimento e a força dos Engenheiros Químicos”, ressalta.  

 

“Nossa Câmara era pequena, mas já conseguimos muito. Atualmente, somos sete conselheiros. Temos representantes das seguintes entidades: a Apeq/RS, com duas vagas; a Ulbra, com uma vaga; o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul (Senge-RS), com uma vaga, a Universidade do Vale do Taquari (Univates), com uma vaga; a Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), com uma vaga; e a Universidade federal de Santa Maria (UFSM), com uma vaga. Ver a Câmara com sete vagas no Conselho é um grande avanço. Sempre fomos conhecidos dentro do Conselho como uma Câmara muito aguerrida. Trabalhamos com muita intensidade e seriedade. Se você observar, tivemos vários conselheiros da nossa Câmara que já foram coordenadores nacionais. Eu mesmo fui coordenador nacional adjunto e, em 2021 e 2023, vivi um fato inédito: fui eleito e reeleito coordenador nacional por dois anos consecutivos”, aponta, entusiasmado. 

O principal objetivo da CCEEQ é apreciar e julgar os assuntos relacionadas à fiscalização do exercício profissional e sugerir medidas para o aperfeiçoamento das atividades do Conselho Regional, constituindo a primeira instância de julgamento no âmbito de sua jurisdição. O Engenheiro Marino cita com orgulho a participação da Câmara Especializada e do CREA-RS na fiscalização das atividades relacionadas à Engenharia Química.  

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Atualmente dos 27 CREAs, somente 16 possuem representação: Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.  

“Estamos sempre atentos e buscamos nos aproximar da fiscalização. No Rio Grande do Sul, já oferecemos treinamentos para vários CREAs, ajudando na fiscalização. Temos a expertise necessária e somos ouvidos devido a isso. Tive a oportunidade de atuar na Gerência de Fiscalização por alguns anos. Além disso, o atual gerente de fiscalização,  Engenheiro de Plástico Sidnei Machado, também é um profissional da especializada da Engenharia Química. Isso demonstra nossa presença em diversas áreas”, detalha. 

 

Fazem parte ainda da Câmara de Engenharia Química: Engenharia de Alimentos; de Materiais; Petroquímica; Têxtil; de Petróleo; de Plástico; Bioquímica; Nuclear; de Bioprocessos e Biotecnologia; bem como as Engenharias de Operações e Tecnólogos destas especialidades. 

LEGADO 

Desde a criação da CCEEQ até os dias atuais a importância dela tem sido discutida pelos docentes e acadêmicos na sala de aula. Isso acontece desde que o Engenheiro Marino Greco era aluno, antes da criação da Câmara, e até hoje o legado está sendo levado adiante, segundo o Engenheiro Cláudio Frankenberg, professor do Curso de Engenharia Química da Escola Politécnica da PUCRS.  

“A Câmara Especializada de Engenharia Química, como o próprio CREA-RS, é responsável em decisões pertinentes aos assuntos ligados à profissão de Engenharia, ou especificamente à Engenharia Química, nas diferentes áreas de atuação. Nesse sentido o CREA-RS ultrapassa a fronteira da simples fiscalização profissional, mas atinge pontos como as questões de ética na profissão”, explica. 

Outro fato importante para ser citado é como a parceria entre o Conselho e as Universidades estimula a importância da existência de profissionais registrados, competentes e certificados como os mais capacitados para exercer a profissão. Além disso, o CREA-RS oferece oportunidade aos alunos da graduação para diversos projetos. Cláudio reforça que ações como essas beneficiam ambas instituições e estimulam o crescimento da profissão.  

“Atualmente temos visto a busca do CREA-RS por estagiários, trazendo o estudante para a área da fiscalização e legislação profissional, além de incentivar os estudantes a participar do Programa CREA Jr, que congrega os estudantes antes da sua formatura, fazendo uma aproximação direta às novas mudanças nas diretrizes curriculares, que incentivam e colocam como prioridade a aproximação do estudante ao mercado. ”  

 

ENGENHARIA DO FUTURO

No ambiente acadêmico já conseguimos sentir mudanças na estrutura do curso de Engenharia, além disso, a própria profissão está passando por avanços, principalmente tecnológicos, proporcionando mudanças na forma de entender o mundo. Segundo o Engenheiro Cláudio, a chamada “metodologia ativa” tem incentivado o aluno a desenvolver habilidades individuais, sociais e interpessoais. 

“Partimos de um modelo totalmente conteudista, onde o professor era o centro do processo ensino-aprendizagem e transitamos a novos modelos, dando prioridade a novas competências e habilidades que devem ser apresentadas e desenvolvidas em sala de aula, no qual o centro do processo passa a ser o estudante.”  

O Engenheiro Marino Greco também reflete sobre o papel do CREA-RS no meio acadêmico, principalmente sobre a preocupação do Conselho sobre a excelência do ensino, assunto que está sendo debatido em diversos fóruns de Engenharia, como o Congresso Nacional do Ensino da Engenharia. “A diminuição do número de alunos nas universidades é alarmante, e como câmara especializada, junto com as câmaras regionais e nacionais, a coordenadoria nacional e os grupos dentro do CREA, aproveitamos todas as ações, comissões, aproximações com universidades e projetos, como o Projeto Mulher, para divulgar a Engenharia Química. ”  

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