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A evolução do uso serviço móvel pessoal (SMP) até o 4G

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Mauro Fonseca Rodrigues - Engenheiro Eletricista, Professor Engenharia de Telecomunicações Unipampa – Campus Alegrete
Martin Geier - Engenheiro Mecânico, Professor Engenharia Mecânica UFRGS
Ian Weissner Portela - Estudante de Engenharia de Telecomunicações da Unipampa – Campus Alegrete
Jessica Ferreira da Silva - Estudante de Engenharia de Telecomunicações da Unipampa – Campus Alegrete
Otávio Elias Viana de Freitas - Estudante de Engenharia de Telecomunicações da Unipampa – Campus Alegrete

INTRODUÇÃO

As evoluções das gerações de telefonia móvel apresentam tendências tecnológicas, além de poder inferir a respeito do uso da próxima que será lançada. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo apresentar o estado atual do uso da tecnologia 4G (4ª Geração) no Brasil, permitindo a análise dos aspectos de penetração populacional, anos de operação para ser dominante e outras informações relevantes.

Para elaborar este estudo resumido, foram usadas informações públicas da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), sites das próprias operadoras de telefonia móvel, IBGE e site Teleco. A partir do cruzamento destes dados foi possível obter um panorama geral sobre as tecnologias de telefonia móvel e, sobretudo, como o 4G está operando na atualidade.

Um breve histórico para introduzir as gerações de telefonia móvel:

  • a primeira geração de telefonia móvel era analógica (só transmitia voz), utilizava a comutação por circuito (canal dedicado) e possuía uma largura de banda de 20 MHz, possibilitando 666 canais de 30 kHz;

  • a segunda geração trouxe o TDMA (Time Division Multiple Access) que permitiu multiplicar o canal ocupado através de multiplexação, ampliando os dados transmitidos;

  • a terceira geração foi concebida para interoperabilidade com a segunda (transição que se mantém atualmente 3G à 4G) e buscou aproveitar técnicas do CDMA (Code Division Multiple Access) para ampliar a largura de banda disponível para comunicação de dados, principalmente, por ser uma tendência de uso dos dispositivos;

  • a quarta geração, finalmente, veio com intuito puramente de comunicação de dados, podendo atingir taxas de transmissão de até 100 Mbps.

Embora existam tecnologias entre as migrações tecnológicas como o EDGE (2G à 3G) e o LTE-A (4G à 5G), pode-se traçar uma tendência no aumento das taxas de transmissão que vai do GPRS (General Packet Radio Services) em 173 kbps até 1 Gbps atuais. Desta forma, fica evidente a necessidade dos usuários utilizarem os dispositivos para comunicação de dados ao invés de voz.

 

DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS

Enquanto a telefonia móvel avança, chegando a uma densidade de 119 aparelhos para cada grupo de cem habitantes, a telefonia fixa recua e se encontra com uma densidade de 13,4 acessos para cada cem pessoas. A Tabela 1 apresenta um resumo das principais tecnologias de Telecomunicações no Brasil e a evolução nos últimos anos (Anatel, 2021).

Tabela 1. Densidade tecnológica no Brasil

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Fonte: PNAD e Anatel, 2021

Neste cenário, a tecnologia 4G é atualmente a mais avançada em funcionamento, enquanto o 5G não operar de forma massiva no Brasil. Você possui um aparelho celular com tecnologia 4G?

A estatística diz que há uma alta probabilidade de a resposta ser sim. No RS, por exemplo, têm-se as áreas 51 e 54 com 85% a 90% dos telefones com 4G e as áreas 53 e 55 entre 80% a 85% com essa tecnologia, ao menos. No Brasil, o índice geral chega a 86% (Anatel, 2021).

Desde 2017 a tecnologia 4G tornou-se dominante no Brasil. Atualmente, conta com quase 200 milhões de acessos por parte dos usuários. A Figura 1 apresenta a evolução das redes, em suas respectivas gerações, nos últimos oito anos.

Figura 1. Celulares por tecnologia no Brasil

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Fonte: TELECO, 2022.

Até março de 2022 praticamente 100% dos municípios brasileiros contam com cobertura 4G, não avaliando a operadora em questão (IBGE, 2021). O total de 99,5% dos municípios com sinal disponível desta tecnologia não aponta uma rede totalmente fechada, o que é garantido com as tecnologias anteriores do 3G e, ainda, do 2G. O desligamento destas versões anteriores da telefonia móvel vem acontecendo pelo mundo, como na Alemanha, nos Estados Unidos e no Reino Unido (Anatel, 2021).

Infelizmente, no Brasil, ainda não existe um plano consistente de parada do 2G e 3G, embora deva ocorrer em breve, a partir da substituição da tecnologia pelo 4G e 5G. Em março de 2022, apenas 120 municípios de todo o País ainda não possuíam cobertura com sinal 4G, o que representa cerca de 0,5% da população e 2,2% das localidades (Anatel, 2021).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A telefonia fixa vem perdendo espaço no mercado, bem como a TV por assinatura. Este impacto vem, sobretudo, da inclinação dos serviços de comunicação de dados (em banda larga) atenderem todas as demandas dos usuários numa única conexão.

Pelos dados analisados é possível verificar que o brasileiro está atualizado em relação às novidades tecnológicas e acompanha a evolução da cobertura de sinal 4G, adquirindo aparelhos compatíveis. Além disso, em apenas três anos de operação desta tecnologia, a mesma tornou-se dominante no mercado.

Ainda existem alguns gargalos na liberação de canalização do espectro eletromagnético, o que se faz necessário para melhoria da cobertura do 4G e do 5G, que vem por aí (Anatel, 2021). A liberação de frequências por outros serviços e versões anteriores da telefonia móvel, deve melhorar este cenário.

Através destas informações é possível inferir que a implantação do 5G no Brasil e sua penetração na população deve ocorrer de forma rápida, visto que as necessidades de atendimento, requeridas nas licitações do 5G para o 4G estão, em sua maior parte, atendidas.

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AGRADECIMENTOS

À Unipampa – Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (Proppi) – pelo edital de Iniciação Científica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IBGE. Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar. 2021. Acesso em: 12/04/2022. Disponível em <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/>.
                                                                                                                    

ANATEL. Relatórios de acompanhamento. 2021. Acesso em: 20/04/2022. Disponível em: <https://www.gov.br/anatel/pt-br/dados/relatorios-de-acompanhamento/2021>.

 

TELECO. 4G é a tecnologia de 86% dos aparelhos celulares do Brasil. 2022. Acesso em 20/04/2022. Disponível em: <www.teleco.com.br>.

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