
Casa flutuante prevê terremotos e se autoprotege: a engenharia japonesa que resiste ao Círculo de Fogo
O Japão está localizado no Círculo de Fogo do Pacífico, uma região onde o encontro de placas tectônicas provoca frequentes terremotos, muitas vezes com efeitos devastadores. Diante desse cenário, a empresa Air Danshin Systems desenvolveu uma tecnologia inovadora: uma casa flutuante magnética, capaz de detectar sinais de ondas sísmicas e suspender os loteamentos residenciais.
Como funciona esse sistema?
O sistema detecta tremores e aciona compressores de ar em frações de segundo. Esses compressores inflam os airbags colocados sob a estrutura, erguendo cerca de três centímetros. As estruturas de gás, água, esgoto e energia não são afetadas porque são alimentadas por tubos flexíveis. Posteriormente, quando o terremoto passa, a casa cai suavemente sobre suas fundações de concreto armado.
“As casas flutuantes não são muito diferentes das construídas em terra. São feitas de materiais de construção convencionais, como concreto, aço ou madeira. Esse tipo de habitação se adapta a variações no nível do mar e a eventos climáticos extremos, como inundações”, explica Lasse Bech Knudsen, doutorando pela Universidade dinamarquesa de Aarhus, especializado em cidades flutuantes
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Investimento equivalente
O investimento equivale a U$ 5.700 e, comparando esse custo com outras soluções antidesastres como, por exemplo, muros de contenção, bombas de água e seguros residenciais em áreas de risco, o sistema da Ichijo se mostra altamente competitivo. Além de aumentar a segurança, a tecnologia tem outras vantagens tais como não precisar de fundações tradicionais, causar menos impacto ambiental e também ajuda na redução dos custos a longo prazo, já que diminui gastos com reparos e manutenção.
A engenharia japonesa busca uma solução alternativa, que pode ser aplicada em todas as edificações das cidades.